@aavoveiotrabalhar
Cada mulher que tá aí dentro dessa sala bordando tem uma vida radical e em cada ponto que arremata e forma outro: nasce alguma coisa. Por isso acredito na manufatura como ferramenta de cura. Nesse caso tudo é por dentro das palavras que nascem de vários pontos bordados em cada letra. Assim nossa espiral é feita uma manta de nossos ruídos que ganharam forma de um poema: feito enquanto conversávamos e bordávamos. É um processo coletivo, participativo, que gera desenvolvimento humano e autoral. É desse jeito que sei fazer. Compreendo as instituições de ensino muito sem troca, o mundo das artes plásticas também (salvo exceções maravilhosas). Quando fui chamada pela Adélia Borges pra fazer essa obra, ela me chamou porque sabia que seria assim: um laboratório de trocas. Vim pra cá pesquisei várias fábricas, texturas e materiais mais nada me comoveu mais do que a irreverência e a alegria-louca do projeto @aavoveiotrabalhar voltei pro Brasil e projetei a #espiralpoética toda envolta do que senti que seria com elas. Essas avós estão me trazendo para um lugar novo: que ainda não sei, só a espiral pronta dirá. fotos do: @joaotsfrocha /// a obra será inaugurada no dia 10 de março no Palácio de Calhetas onde o @mudemuseu está hospedado. O nome da exposição é Tanto Mar: Fluxos Transatlânticos para o Design. Fala da enorme relação entre Portugal e Brasil no campo do design desde das origens desse encontro. A curadoria da Adélia Borges e da Barbara Coutinho está profunda e nos trás um super panorama. #manufaturaurgente#desenvolvimentoautoralfeminino