Museu do Amanhã
É tão íntimo o que acontece dentro de cada letra que nem acredito quando cada palavra surge e encaixa na tapeçaria. Meu trabalho pro Museu do Amanhã foi convite do Hugo Barreto que sacou que eu poderia levar textura/sentimento e manuscrito/partitura da emoção a uma peça carente disso tudo.
O texto que leva a minha letra é do Luiz Alberto Oliveira, físico e curador geral do museu. O texto é lindo e fala sobre amanhecer, planeta e ritmo.
A textura que levei a peça é uma pintura feita de barro cru pelo trabalho ímpar do Lucas Gonçalves e do Marcelo Veneziani que colheram lama do próprio jardim do entorno e fizeram os pigmentos no local.
Essa tal peça que trabalhamos pra transformar é a base do churinga que é uma espécie de espada aborígene milenar que serve para costurar o tempo e simboliza tudo que o museu busca passar ao público.
Fiquei tão honrada de ocupar esse lugar, essa base, esse sagrado que dei todo o meu melhor nesses longos dias de dedicação total. A notícia boa é que agora desenharei uma base nova e definitiva para o Museu do Amanhã essa será lançada até março e será de barro cru, adobe, pigmentos sagrados e da terra e caligrafia/ partitura da emoção.